Uma mulher, Mariana, descobre que vai morrer. Só, no seu quarto, passa em revista toda a sua vida. Desde o falecimento prematuro da mãe ao carinho extremo e triste do pai. Entre alegrias e tristezas esta é uma análise implacável da solidão dos tempos modernos em que, mesmo rodeados pelos outros, nos fechamos em nós.
Opinião
Este livro foi oferecido pela Babel editora, que mais uma vez apoiou o Prazer da Leitura na continuação do trabalho desenvolvido na divulgação de livros e mais em concreto, autores nacionais.
Maria Judite de Carvalho, considerada umas das maiores escritoras do seu tempo, pelo modo como escrevia e pela irreverência demonstrada nos temas abordados nas suas obras. Se tivermos em conta a época em que viveu, tudo isto ganha uma maior relevância e dimensão cultural.
“Tanta Gente Mariana” não é apenas um simples livro de contos. Mais que isso, é um retrato da vida das mulheres na época onde está inserido, com a magia de poder ser perfeitamente enquadrado na época em que vivemos. Histórias trágicas, mulheres frustradas, sonhos perdidos, tudo isto está presente neste livro de uma forma bastante humana e realista.
A escrita utilizada é suave, quase poética mas sem qualquer máscara que esconda a melancolia e a dor vivida pelas protagonistas de cada história.
É de todo impossível ficar indiferente á mensagem que este livro pretende transmitir e no final da leitura não sermos mais críticos em relação ao mundo que nos rodeia, especialmente no campo dos afectos e no modo como interagimos com os outros, principalmente os mais próximos de nós.
Ao lermos “Tanta Gente Mariana”, como diz na sinopse e muito bem, “transformamo-nos em pessoas diferentes. «Crescemos» um pouco, mudamos mentalidades, reflectimos neste percurso existencial que todos fazemos”.
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