sexta-feira, 25 de março de 2011

O ESPIRITO DO AMOR – Ben Sherwood

Sinopse

O Espírito do Amor é o segundo romance de Ben Sherwood e conta a história de Charlie, um rapaz que aos 15 anos se depara com a morte do seu irmão mais novo, Sam. A amizade entre os dois irmãos é tanta e a dor da perda é tão grande que Charlie promete nunca abandonar o irmão e durante treze anos vivem numa espécie de limbo, onde ambos são felizes sem viverem plenamente. É então que o nosso protagonista conhece Tess, uma jovem navegadora por quem se apaixona e que o faz ver que existe muito mais para viver. Irá Charlie cumprir a promessa feita a Sam ou irá em busca do mundo desconhecido na companhia de Tess? Um romance apaixonante que avivará os sentimentos mais profundos do leitor.
Opinião
Quando peguei neste livro a primeira vez, o que me chamou mais á atenção, para além da capa lindíssima, foi um comentário feito por Nicholas Sparks.
“Ben Sherwood é um escritor admirável, que possui o raro talento de nos transmitir emoções de forma genuína. O Espirito do Amor é uma obra comovente, plena de esperança. É um romance maravilhoso. Uma leitura a não perder.”
Não duvidei desta afirmação claro, não fosse o Nicholas Sparks, o meu autor favorito. Afinal, um autor com esta envergadura e tão bem conceituado, não iria dar uma opinião destas, se o livro não fosse mesmo bom não é? Ora, quando comecei a lê-lo, as minhas expectativas eram enormes.
Agora, finda a minha leitura, só tenho uma coisa a dizer: já à muito tempo, que não lia um romance assim, tão espectacular.
Adorei a introdução, feita por Florio, Bombeiro na Compainha de Sapadores n.º5, na Freeman Street, em Revere. O mesmo bombeiro que assistiu Charlie St. Cloud e ao seu irmão Sam, após um trágico acidente na ponte levadiça General Edwards.
É este acidente que muda radicalmente a vida de Charlie. Não só por ter retirado de forma tão precoce a vida do seu irmão, mas também por despertar nele um dom, que como a sinopse refere, o permite viver “numa espécie de limbo”.
Qual será o dom?
Adorava levantar este véu, mas não o vou fazer. Para mim, este dom, é a principal essência deste livro, é o elo de ligação com Sam e mais tarde com Tess. Tess que desperta em Charlie o famoso “Espírito do Amor”, esta expressão que dá origem ao titulo do livro e que não poderia ser a mais adequada.
Esta história mexeu muito comigo, tocou-me bastante. Talvez, por nos depararmos muito com a palavra morte e nos fazer reflectir bastante, para o que nos irá acontecer, quando nos confrontarmos com essa realidade.
“É assim a morte e a vida. Todos nós continuamos a brilhar. Tendes apenas de libertar os vossos corações, alertar os sentidos e prestar atenção. Uma folha, uma estrela, uma canção, um riso. Reparai nas pequenas coisas, porque alguém estará perto de vós.”
Mas principalmente, alertar-nos para uma noção fundamental.
“Na vida de um homem não há tempo para tudo.”
Sem dúvida que é uma história comovente, profunda e muito sentimental.
De forma mais técnica, não tenho nada a apontar. Acho que quando gostamos muito de uma leitura, é extremamente difícil apontarmos pontos mais negativos, pois os positivos apagam os seus vestígios, caso eles existam. Não é assim?
Como Nicholas Sparks diz: é “uma leitura a não perder”. Quem não o fizer, é uma ofensa a este grande senhor.

quarta-feira, 23 de março de 2011

AUSENTE NA PRIMAVERA – Agatha Christie

Sinopse

Ao regressar do Iraque, onde foi visitar a filha, Joan Scudamore dá por si sozinha numa pensão isolada. A viagem de comboio foi inesperadamente interrompida, obrigando-a a permanecer no deserto. Esta súbita solidão leva-a a avaliar a sua vida pela primeira vez e a encarar algumas verdades sobre si própria. Ao olhar para trás, Joan reexamina dolorosamente as suas atitudes, relações e acções, e fica cada vez mais apreensiva com a pessoa que lhe é revelada. Decidida a recuperar o tempo perdido, ela está finalmente de volta a Inglaterra e à vida que pretende transformar drasticamente.

Relato intenso da vida emocional de uma mulher, Ausente na Primavera foi, segundo palavras de Agatha Christie, «escrito com integridade, com prazer. O resultado final foi aquele que eu desejava, e isso é a maior alegria que um autor pode ter.»

Opinião

Ganhei este livrinho num passatempo do blog Chocolate para a Alma, a quem desde já agradeço imenso a oferta. Nunca tinha lido nenhuma obra de Agatha Chistie, por isso foi uma estreia absoluta.

Vocês, devem se estar a perguntar:

Como é que é possível, a Bruna nunca ter lido um livro da Agatha Christie??

Pois é!! Foi um erro terrível, que cometi no meu percurso literário. Posso dizer, que não ler um livro desta autora, é como fazer uma viagem a Roma e não ver o Papa.

A reacção que tive quando acabei de ler o primeiro capitulo, foi: “Se esta Mulher, a famosa Rainha do Crime, fosse viva, fazia-lhe uma vénia.” A sua escrita, tem todas as qualidades para a classificar como perfeita. Esta leitura foi uma experiência fantástica.

Agatha Christie conta-nos a história de Joan Scudamore, uma mulher que após uma visita a Bagdade para ver a sua filha adoentada, fica presa no meio do deserto em pensamentos “(…)perturbadores e caóticos(…)” sobre a sua vida.

“(…) aqueles pensamentos perturbadores e caóticos que se pareciam intrometer à força na sua cabeça de uma forma tão inoportuna (…)”

Um isolamento que a obriga a reflectir sobre “(…)a verdadeira história de Joan Scudamore” e descobrir “(…)exactamente que tipo de mulher(…)”.

É incrível, como os sentimentos que a personagem principal transmite, parece saírem fora do livro e nos atingir profundamente.

Achei também, muito interessantes as expressões que a autora utiliza no decorrer da narrativa, dá a sensação de estar pessoalmente a falar connosco. Acho que todas estas características, contribuem para que esta escrita seja tão cativante, até parece que ficamos sem folgo.

Não posso deixar de referir, a escolha inteligente do titulo. Encaixa-se totalmente na história. Não só pelo seu significado, pois é um excerto de um soneto de Shakespeare, como na integração do mesmo na narrativa.

Uma frase que me marcou, que gostaria de partilhar:

“A vida é para ser vivida, não para ser sublimada.”

sexta-feira, 18 de março de 2011

QUEM ME DERA TER UM FILHO – Sinéad Moriarty

Sinopse

Qual é o próximo passo a dar quando se tem trinta e três anos, casa, emprego e o marido ideal? Exactamente, ter um bebé! É a isso que Emma Hamilton se propõe no primeiro dia do ano. Afinal de contas, não pode ser assim tão difícil, especialmente se considerarmos que o marido, James, até é muito bem-parecido. Mas quando a Mãe Natureza se recusa a satisfazer os desejos de Emma, esta mergulha de cabeça numa série de estratagemas mirabolantes que incluem fazer testes de ovulação (que ela nem sabia que existiam), obrigar o marido a deixar de fumar e de andar de bicicleta, submetê-lo a uma dieta «de coelho» e até fazer o pino depois de ter tido relações com ele para não contrariar a gravidade! Uma história que retrata o que uma mulher está disposta a fazer para lutar pela única coisa que falta na sua vida e que tem tanto de divertido como de enternecedor.

Opinião

Já há bastante tempo que não me divertia assim a ler um livro, em certas partes chega mesmo a ser hilariante. Para além disso, fez com que recordasse com muita saudade, do tempo em que estava a tentar engravidar do meu filho.

Quando o relógio biológico toca, é incrível como o corpo e a mente das mulheres reage.

Foi o que aconteceu a Emma! Ao inicio, começou até por ser uma experiência divertida, mas com o passar do tempo, começou a inventar tudo e mais alguma coisa para conseguir o tão esperado bebé.

Até eu comecei a ficar ansiosa no decorrer da narrativa, tanto era o desespero e a ansiedade desta mulher em engravidar. E o marido? Nem imaginam o que James teve de aturar, o pior é que o que é demais enjoa. Será que este casamento aguenta esta obsessão?

Não posso contar tudo, senão esta história deixaria de fazer sentido. Até porque, acompanhamos no decorrer desta narrativa, um conjunto de peripécias muito divertidas, se eu as contasse perdia a graça.

Fiquei um pouco desiludida com o final. Pensava que iria ser mas emotivo , mais surpreendente, no entanto, soube a pouco. Caso não tivesse na folha final, tudo indicava que a narrativa iria avançar.

Este foi para mim um ponto menos positivo, a juntar ao facto de existir muito texto entre parênteses, em demasia mesmo. Esta particularidade cansou-me um pouco, acho que corta um bocado o raciocínio.

Atribuo a esta leitura uma avaliação muito positiva. Acho que é uma leitura bem agradável e descontraída.

quarta-feira, 16 de março de 2011

SEGREDOS DE FAMÍLIA – Kim Edwards

Sinopse

De leitura cativante e profundamente comovente, Segredos de Família é uma história brilhante sobre vidas paralelas e o poder redentor do amor.

A história deste romance notável começa numa noite de Inverno de 1964, quando uma tempestade de neve obriga o Dr. David Henry a fazer o parto dos seus filhos gémeos. O filho, o primogénito, é perfeitamente saudável, mas David apercebe-se de imediato de que a filha é portadora de síndrome de Down. Convencido de que está a fazer o que está correcto, David toma uma decisão precipitada que irá ensombrar as suas vidas para sempre. Pede a Caroline, a enfermeira, que leve a bebé para uma instituição, mas ela acaba por fugir para outra cidade, onde irá criar a bebé como sua própria filha.

Opinião

Quando vi pela primeira vez este livro, fiquei muito entusiasmada, a sinopse deixa-nos com uma vontade incontrolável de o ler e a capa ajuda nesse sentido. Na altura partilhei esta aquisição no facebook, as reacções foram as melhores, ninguém poupou elogios a esta obra. Sendo assim, quem resiste? Ninguém, por isso não perdi tempo e mergulhei nesta história maravilhosa. Agora que acabei de o ler, entendo perfeitamente o fascínio que os leitores demonstram.

Sem dúvida, que é um livro fantástico e elaborado de uma forma muito inteligente.

Desde o inicio, que sabemos o segredo que David e Caroline transportam consigo, no entanto não é por essa razão que nos deixamos cativar por esta história. Até porque, o tema é muito sensível, pelo menos para mim. Afinal quem é que separa dois gémeos á nascença? Sei que a menina, a Phoebe, tinha síndrome de Down. No entanto será justo esconder de uma mãe a existência da filha, mesmo sendo ela especial?

É nesta base que a história se desenrola e é com estas dúvidas que nos deparamos até ao fim. Estas são as características essenciais, que me levaram a querer chegar rapidamente até ao fim, no intuito de saber o futuro dos pais dos gémeos, o futuro de um filha que só existia para David e Caroline, e até onde conseguiam esconder um segredo desta envergadura. Nem os capítulos extensos me demoveram desse objectivo, tal era o vicio que tinha por esta leitura.

O final não me surpreendeu, acho que era um pouco previsível.

Em termos mais técnicos, o que posso dizer?

Tive um pouco de dificuldade ao inicio, no que diz respeito á leitura da escrita de Kim Edwards. Não é uma escrita nem muito fluida, nem muito trabalhada, acho que o facto de as letras serem muito pequenas e a narrativa se apresentar um pouco compacta, não ajuda de todo.

Este é o ponto mais desfavorável deste livro, foi uma das características que me saltaram logo á vista e não só a mim, para quem nos vê a ler este livro também. A primeira impressão, é de que esta narrativa é extremamente densa, o que na realidade não é.

De um modo geral, a avaliação final que retiro desta leitura é bastante positiva e por isso recomendo.

segunda-feira, 14 de março de 2011

AMAR DEPOIS DE AMAR-TE – Fátima Lopes

Sinopse

A vida sem amor parece não ter sentido. Todos precisamos de amar e ser amados. Mas se o amor nos traz momentos únicos de felicidade, também nos pode fazer sofrer. Um sofrimento que se instala no coração como um hóspede indesejado. Amar depois de Amar-te conta a história de Teresa, Carolina e Filipa. Três mulheres com vidas totalmente diferentes e uma atitude em comum: a busca da felicidade.

Opinião

Tenho muito respeito pela editora A Esfera dos Livros e pela consagrada apresentadora Fátima Lopes, mas não poderia deixar comentar esta sua declaração.

“Quando a editora A Esfera dos Livros me contactou e tenho a dizer-vos que foi tudo fácil desde o inicio, não imaginava que a reunião se prendia com o convite para escrever um livro. Quando faço referência à questão da facilidade, é porque eu aprendi que quando uma coisa é boa para nós, ela acontece facilmente, naturalmente, com fluidez e sem obstáculos. Ainda hoje estou para saber onde arranjaram o meu número de telefone, como conseguimos agendar tão rapidamente uma reunião e sobretudo, como foi fácil chegarmos a um acordo.”

Tenho pena, que muitos escritores portugueses nem sequer cheguem a concretizar o sonho de publicar o seu livro e que esta “facilidade” que Fátima Lopes refere, seja extremamente restrita. O mundo da televisão, não é só um trabalho como os outros, é um posto que muitos não alcançam.

Quantos escritores não têm a cabeça a transbordar de ideias para elaborar os seus livros, que enchem os seus blog’s de devaneios, que guardam numa gaveta muitos trabalhos que só serão vistos por vós. Muitos mesmos!! No entanto, para Fátima Lopes a única dificuldade foi “o conteúdo do livro”, porque a oportunidade, essa foi com “facilidade” que surgiu.

Este é o país que temos!!

Neste livro deparamo-nos com três histórias: a de Filipa, a de Carolina e a de Teresa. Histórias cuja essência é o amor, descritas de forma muito emotiva, utilizando uma escrita muito simples e muito genuína. Digamos que foi uma agradável surpresa. Estava a contar com uma narrativa mais densa e mais elaborada, no entanto é muito fluida.

Três histórias interessantes e bem diferentes, mas cujo objectivo é só um, a felicidade. Todas á sua maneira batalharam para a alcançar, enfrentando tudo e todos, mostrando coragem e determinação. De certo, muitas mulheres se reflectem nestas histórias ou de alguma forma são-lhes familiares.

A que mais me tocou, foi a história da Filipa, talvez por se tratar de uma relação, onde a violência predominava. A forma como as atitudes do companheiro de Filipa são descritas, acabam de certa forma por sensibilizar o leitor. Sem dúvida, que das três é a que tem um tema mais delicado, dai talvez existir um apelo maior ao interesse do leitor.

Foi um momento agradável de leitura.

quarta-feira, 9 de março de 2011

A FLOR-DE-LIS – Alda Gonzaga

Sinopse

Neste romance a autora narra a história duma mulher, realizada profissionalmente, que encontra o grande amor da sua vida e que, depois de conseguir superar os obstáculos que lhe aparecem, consegue ficar com ele. É, portanto, uma história feliz duma mulher feliz cuja vida nem sempre é um mar de rosas, pois há problemas a resolver, obstáculos a ultrapassar, desgostos a superar, apenas amenizados porque tem a seu lado um grande amor.

Opinião

Este livro foi oferecido pela Papiro Editora, que mais uma vez apoiou o Prazer da Leitura na continuação do trabalho desenvolvido na divulgação de livros e mais em concreto, autores nacionais.

O mesmo, é o segundo romance de uma trilogia composta por mais dois: O Cuco, que já tive o prazer de ler, e Caminhos, que certamente irei comprar de tão encantada que fiquei com as leituras desta autora.

Em relação ao primeiro livro que li desta trilogia, fiquei satisfeita por desta vez se tratar de uma história com final feliz. De uma história de amor profundo, verdadeiro, único, que temos o prazer de a acompanhar do inicio até ao fim.

Fiquei impressionada com a variedade de temáticas que são exploradas neste livro. Principalmente sobre o percurso da vida e os segredos do coração, que inevitavelmente nos fazem reflectir e algumas vezes questionar.

Mais uma vez, a narrativa situa-se na época do 25 de Abril de 1974 e da Independência das Colónias Portuguesas, “onde ainda não era chegado o tempo em que as mulheres valiam por si próprias”. Esta discriminação das mulheres na sociedade da época, é fundamentalmente representada pela personagem Joana, uma mulher realizada profissionalmente, determinada, forte e justa. Para além desta viagem histórica, também temos a oportunidade conhecer alguns lugares maravilhosos do norte do país.

A nível estrutural, apesar dos capítulos serem um pouco extensos, a escrita é fluida. O que oferece uma mais liberdade a esta narrativa, torna-a menos densa, apesar das muitas descrições que são feitas dos vários temas.

Sinceramente, esperava um final diferente. Não que quisesse saber o final das suas vidas, mas a forma como foi elaborado, parece que algo ficou por dizer. De qualquer das maneiras, gostei muito e aconselho. Agora é esperar pelo último volume desta triologia.

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sexta-feira, 4 de março de 2011

O FEITIÇO DA LUA – Sarah Addison Allen

Sinopse

No seu mais recente romance mágico, Sarah Addison Allen convida-nos a visitar uma pitoresca cidade do sul dos Estados Unidos onde duas mulheres bem diferentes descobrem como encontrar o seu lugar no mundo - por mais deslocadas que se sintam.

Emily Benedict vai para Mullaby, na Carolina do Norte, na esperança de pelo menos resolver alguns dos mistérios que rodeiam a vida da mãe. Porém, assim que Emily entra na casa onde a mãe cresceu e trava conhecimento com mo avô, cuja existência sempre desconhecera, descobre que os mistérios não se resolvem em Mullaby, são um modo de vida: o papel de parede muda de padrão para se adequar ao estado de espírito do ocupante do quarto, luzes inexplicáveis dançam pelo quintal à meia-noite e uma vizinha, Julia Winterson, cozinha esperança sob a forma de bolos, desejando não apenas satisfazer a gulodice da cidade mas também reacender o amor que receia ter perdido para sempre. Mas porque desencorajam todos a relação de Emily com o atraente e misterioso filho da família mais importante de Mullaby? Ela veio para a cidade a fim de obter respostas, mas tudo o que encontra são mais perguntas.

Um bolo de colibri poderá trazer de volta um amor perdido? Haverá mesmo um fantasma a dançar no quintal de Emily? As respostas não são o nunca o que esperamos, mas nesta pequena cidade de adoráveis desadaptados, o inesperado faz parte do dia-a-dia.

Opinião

Tenho de admitir, que de todos os livros que li de Sarah Addison Allen, fiquei particularmente apaixonada por este que vos apresento.

Posso dizer, que encontro neste livro, todos os ingredientes essenciais para o classificar como um livro fabuloso. Esta leitura é essencialmente dotada de magia, mistério, amor e de um leve cheiro a doce que nos acompanha até ao seu final, não fosse parte da sua essência se tratar de bolos.

Nesta critica, não irei descrever muito a história que Sarah Addison Allen nos apresenta, neste seu novo romance. Caso o quisesse fazer, era injusto, perante uma sinopse tão bem elaborada e que nos dá uma imagem tão nítida do que é esta obra.

Logo nas primeiras páginas fiquei completamente viciada. Os mistérios que envolvem o passado da mãe de Emily, provocaram-me uma curiosidade tal, que não consegui abrandar o meu ritmo de leitura. No decorrer desta narrativa, vamos a pouco e pouco desvendando todos eles, mas de uma forma bem suave.

Emily não é a única que se destaca nesta história, Julia também tem um papel importante. Após a sua chegada a Mullaby, esta torna-se amiga e companheira de Emily, dado que conhecera a sua mãe e consequentemente o seu misterioso passado. No entanto, também ela guarda consigo muitos segredos, segredos esses, que de igual modo fazem com que esta história se torne inteiramente viciante.

Considero um romance escrito de uma forma clara, fluida e inteligente, dotado de uma grande simplicidade, que de certa forma lhe dá um toque único e especial, típico da escrita desta autora.

É de salientar que adorei a capa. O facto de o titulo brilhar no escuro, é um pormenor interessante, acaba por evidenciar a magia que o livro contem. Linda mesmo…

Recomendo esta leitura.