Joaquim não queria acreditar no que os seus olhos viam. Tinha saído a salto de Portugal, viajado apertado em camionetas de gado, andado quilómetros e quilómetros a pé, à chuva e à neve, quase tinha perdido a vida nos Pirenéus e agora estava ali. Na capital portuguesa em França. O sítio onde, todos lhe garantiam, podia enriquecer e concretizar os seus sonhos. Mas o que via era um bairro de lata. Sentia os pés enterrarem-se na lama. Olhava para as barracas miseráveis e para os fardos de palha que faziam as vezes de uma cama. Mas, Joaquim não estava disposto a baixar os braços. Em Longe do meu Coração retrata com mestria e realismo, o quotidiano dos portugueses que partiram em busca de uma vida melhor, sonhando um dia regressar ricos à terra que os viu partir pobres. Para Joaquim, Portugal estava longe. Era ali, em França, na terra que lhe dava de comer, que queria vingar, que prometia, à força do seu trabalho, derrubar fronteiras e preconceitos. O plano estava traçado. Iria abrir uma empresa de construção, com o seu amigo Albano, enriquecer e, depois de ter casa montada com carro com emblema no capô, estacionado à porta, iria pedir a mão da sua Françoise, a professora de Francês que lhe abriu o mundo das letras e do amor. Mas, cedo Joaquim vai descobrir que há barreiras difíceis de ultrapassar.
Opinião
Opinião
Depois da minha má experiência com um dos livros da Fátima Lopes, foi a medo que peguei num novo livro escrito por uma figura pública.
A facilidade de edição e o impacto social que as obras escritas por estas figuras públicas têm, fazem-me duvidar das suas capacidades para a escrita. Foi exactamente isso que me aconteceu, na leitura de “Amar Depois de Amar-te”.
O que é certo, é que fiquei impressionada com este autor. Com a sua cultura, com a sua dedicação neste trabalho de pesquisa, baseado em testemunhos, inclusive fotográficos, que não só inspiraram como enriqueceram esta obra.
Explorando um tema marcante da história nacional…
“(…) um tema fundamental que, acredito, marcou o século, a cultura e o nosso povo para sempre: a emigração para França nos anos 60.”
,que pouco ou nenhum conhecimento tinha, e que tanto fiquei a conhecer.
Neste livro, Júlio Magalhães conta a história de Joaquim, um dos
“(…) milhares que saltaram a fronteira rumo a um futuro melhor. Para fugir a uma guerra colonial, sempre presente numa determinada geração de portugueses. À procura de trabalho, de comida, de uma oportunidade, de realizar um sonho numa terra distante, longe de Portugal.”
Uma história muito tocante e cheia de coragem, de um Homem que lutou pelo seu futuro longe da sua terra, ultrapassando obstáculos extremamente duros, perigosos e até fatais para alguns. Um puro instinto de sobrevivência, face ás dificuldades que se faziam sentir nessa época, sobretudo para ajudar a sua família.
Ao ler a descrição que este autor fez do país naquela época, provocou em mim uma sensação de déja vu, tal eram as semelhanças em relação ao estado actual.
Bem, passando á frente, senão tenho pano para mangas!!
Em relação á escrita é muito simples e fluida, lê-se extremamente bem. Posso dizer mesmo que li o livro num ápice. Sem dúvida que a história em si ajudou, mas a organização da narrativa e a escrita deste autor, tiveram um papel importante.
Conclusão, fiquei fã e já coloquei os seus dois primeiros livros na minha lista de desejos. Próximas compras: “Os Retornados” e “Um Amor em Tempos de Guerra”.
Recomendo.
A facilidade de edição e o impacto social que as obras escritas por estas figuras públicas têm, fazem-me duvidar das suas capacidades para a escrita. Foi exactamente isso que me aconteceu, na leitura de “Amar Depois de Amar-te”.
O que é certo, é que fiquei impressionada com este autor. Com a sua cultura, com a sua dedicação neste trabalho de pesquisa, baseado em testemunhos, inclusive fotográficos, que não só inspiraram como enriqueceram esta obra.
Explorando um tema marcante da história nacional…
“(…) um tema fundamental que, acredito, marcou o século, a cultura e o nosso povo para sempre: a emigração para França nos anos 60.”
,que pouco ou nenhum conhecimento tinha, e que tanto fiquei a conhecer.
Neste livro, Júlio Magalhães conta a história de Joaquim, um dos
“(…) milhares que saltaram a fronteira rumo a um futuro melhor. Para fugir a uma guerra colonial, sempre presente numa determinada geração de portugueses. À procura de trabalho, de comida, de uma oportunidade, de realizar um sonho numa terra distante, longe de Portugal.”
Uma história muito tocante e cheia de coragem, de um Homem que lutou pelo seu futuro longe da sua terra, ultrapassando obstáculos extremamente duros, perigosos e até fatais para alguns. Um puro instinto de sobrevivência, face ás dificuldades que se faziam sentir nessa época, sobretudo para ajudar a sua família.
Ao ler a descrição que este autor fez do país naquela época, provocou em mim uma sensação de déja vu, tal eram as semelhanças em relação ao estado actual.
Bem, passando á frente, senão tenho pano para mangas!!
Em relação á escrita é muito simples e fluida, lê-se extremamente bem. Posso dizer mesmo que li o livro num ápice. Sem dúvida que a história em si ajudou, mas a organização da narrativa e a escrita deste autor, tiveram um papel importante.
Conclusão, fiquei fã e já coloquei os seus dois primeiros livros na minha lista de desejos. Próximas compras: “Os Retornados” e “Um Amor em Tempos de Guerra”.
Recomendo.
Olá!
ResponderEliminarGosto do blog e uma vez que também gosta de ler deixei-te um desafio no meu bolg...
http://ruthy-viajante.blogspot.com/2011/06/desafio-da-art-and-life.html
Bjs