Sinopse
Hugh Penders viveu num estado de apatia durante quase uma década, desde que o seu irmão Chase morreu num acidente de viação. Transporta no íntimo dois segredos que nunca foi capaz de partilhar com ninguém: acredita que poderia ter sido capaz de evitar o acidente e está profundamente apaixonado por Iris, a namorada de Chase.
Quando o pai de Hugh sofre um grave ataque cardíaco, Hugh tem de regressar à sua casa em Nova Inglaterra, de onde andara a fugir nos últimos dez anos. Um dia, encontra Iris - que se mudara havia muito tempo - na rua. Iniciam uma amizade e Hugh acredita que está a apaixonar-se novamente por ela.
Contudo, o fantasma de Chase paira sobre ambos. E, quando cada um deles revela uma verdade que o outro desconhecia, as suas vidas, a perspectiva que tinham de Chase, e as suas oportunidades de um futuro conjunto mudarão para sempre.
Imbuído da força do desejo e do impacte da perda, Nunca te Esqueci é uma narrativa comovente e romântica que emocionará profundamente o leitor.
Opinião
A editora Quinta Essência, surpreende-me cada vez mais. As obras que tem apresentado até agora, são dotadas não de uma quinta essência, mas de uma essência completamente única. Aquela que nos envolve profundamente e mexe connosco, tal como esta obra.
Li o primeiro livro de Michael Baron, “Ficarei à Tua Espera”. Um livro maravilhoso que me deixou encantada, mas após esta leitura, estou completamente rendida a este autor e á sua escrita.
São enumeras as particularidades que gosto neste autor, o facto de ser homem e escrever histórias de amor desta forma, é uma delas. Mas também me impressiona a forma como as escreveu, atrevo-me a dizer que mostra muito de si, é uma escrita muito pessoal, que tem o dom de nos aproximar e até nos fazer identificar com ela. É uma relação de proximidade única com a história!!
Michael Baron conta-nos a história de Hugh, uma personagem espectacular, sem dúvida a essência e o brilho original desta narrativa. Foi com o seu crescimento interior e a sua afirmação, que aprendi muito ao longo desta narrativa.
A morte repentina do seu irmão Chase foi um marco nesta história, mas o impacto que esta teve na vida de todos e principalmente na de Hugh, teve um peso ainda maior.
“Ouvi dizer que, por vezes, o desgosto serve para unir famílias, mas não tinha essa experiência. Nunca me senti tão desprendido na vida como nos meses que se seguiram ao acidente.”
De qualquer das formas, devido á doença do seu pai, Hugh foi “obrigado” a voltar a um cenário antigo, do qual efectivamente queria fugir. Mas esse cenário é uma mistura do passado com o futuro, porque é nele que residem muitas recordações, mas também é nele que Hugh vai descobrir muitas respostas. Respostas que mudam o rumo da sua vida!!
Principalmente quando encontra Iris, a antiga namorada do seu irmão. É nesta amizade que vai buscar força, mas é nesta amizade que também prevalecem grande parte das memórias do seu irmão.
“Penso nele constantemente, encontro recordações a toda a hora, tenho-o sempre em mente. Raramente me sai da cabeça.”
Qual será o futuro desta relação de amizade? Será impossível??
“Contudo, havíamos desenvolvido um presente tão significativo que o passado se tornara um pouco difuso.”
Não vou desvendar nada a respeito da relação deles, para não quebrar a magia. Só mesmo lendo…
Houve um sentimento que me tocou particularmente, o sentimento de culpa que Hugh carrega dentro de si. É difícil relacionar um acto inesperado, com a imagem de uma pessoa que nos é querida e da qual temos uma imagem perfeita, mas nem tudo o que é parece.
Em termos mais técnicos, trata-se de uma obra muito bem organizada. Dotada de uma escrita simples e fluida, típica deste autor.
Estou ansiosa por ler o seu novo romance, “The Journey Home”.
Recomendo.
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